NOTA DE REPÚDIO DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
O Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil manifesta seu mais profundo repúdio à matéria publicada pelo jornal Folha de Áurea, que, de forma irresponsável e leviana, lançou ataques infundados e difamatórios contra o Governo Federal brasileiro.
Tomamos conhecimento desta publicação com quatro dias de atraso, fato que só torna esta situação ainda mais lamentável, visto que um veículo de comunicação estrangeiro de ampla circulação propagou desinformação contra o Brasil sem qualquer embasamento ou contato prévio com as autoridades brasileiras.
1. A tentativa vergonhosa de difamar o Brasil
A matéria veiculada pela Folha de Áurea não passa de uma tentativa grotesca de manipulação, repleta de falácias e termos historicamente deturpados para criar uma narrativa falsa sobre as políticas soberanas do Brasil. O governo brasileiro não adota, nunca adotou e jamais adotará qualquer ideologia extremista, sendo completamente inaceitável a insinuação de que nossas medidas de controle migratório são inspiradas em regimes fascistas ou neonazistas.
O que foi implementado são políticas legítimas e responsáveis de imigração, como fazem todas as nações desenvolvidas do mundo. O Brasil sempre recebeu imigrantes de forma respeitosa e digna, mas não tolerará a entrada e permanência irregular de pessoas que desrespeitam nossas leis e ameaçam a segurança nacional.
2. A hipocrisia da imprensa estrangeira
A postura adotada pelo Folha de Áurea e por outros setores da imprensa internacional demonstra uma hipocrisia flagrante, pois países que historicamente dificultam a imigração e aplicam políticas severas contra estrangeiros não são alvos de ataques similares. Curiosamente, quando o Brasil decide exercer sua soberania e proteger sua população, surge uma narrativa distorcida para tentar deslegitimar nossas ações.
Além disso, é de conhecimento geral que Áurea e outras nações aliadas nunca foram estáveis politicamente, acumulando uma série de golpes de Estado, perseguições políticas e ameaças internacionais. O Brasil, ao contrário, sempre manteve sua estabilidade institucional e sua autonomia, não necessitando de ingerências externas para definir seus rumos.
3. A irresponsabilidade do uso de termos históricos
A associação do Brasil a termos como "neonazista" ou "fascista" é uma afronta à verdade histórica e um desrespeito à memória das vítimas desses regimes. O governo brasileiro não tem, nunca teve e jamais terá qualquer inclinação ideológica autoritária, sendo inaceitável que um jornal estrangeiro utilize essa retórica irresponsável e perigosa.
O neonazismo é uma doutrina baseada em supremacia racial e extermínio de minorias — qualquer tentativa de associar o Brasil a isso não passa de uma calúnia grotesca. Da mesma forma, o fascismo é um regime totalitário que nega a liberdade individual e a democracia, algo que não condiz com a realidade política do Brasil, onde nossas instituições seguem funcionando de forma independente e soberana.
4. O Brasil não aceitará interferências externas
O Ministério das Relações Exteriores deixa claro que o Brasil não aceitará qualquer tipo de interferência estrangeira na condução de suas políticas internas. Reiteramos que o governo brasileiro continuará defendendo sua soberania, protegendo seus cidadãos e promovendo o desenvolvimento nacional, independentemente das narrativas distorcidas propagadas por veículos de comunicação tendenciosos.
Convidamos a imprensa internacional a agir com responsabilidade e compromisso com a verdade, evitando espalhar desinformação e respeitando o direito legítimo do Brasil de tomar suas próprias decisões.
Brasília, 16 de fevereiro de 2025.
Silvio Santos
Ministro das Relações Exteriores
Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil
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